domingo, 20 de janeiro de 2013

despertar.


Você desperta. Abre os olhos. "Porque um dia isso precisaria acontecer" - você pensa.

Primeiro a revolta. Aquela sensação colérica que te assalta a qualquer momento do dia, dura meses. Melhor dizendo - ela vem e fica. Não mais se vai.
Ler jornais já não é como antes. Andar pelas ruas também não. Nem respirar é mais como antes. Em tudo você percebe a injustiça, o comodismo, o preconceito, o retrocesso, o senso-comum de quem liga sua televisão e acha que aquilo é o mundo, o conservadorismo, a vida ingrata de quem acha que é notícia (ah, Teatro Mágico!).

E aí você percebe que existe amor.
Mesmo no mar de lama em que o mundo se transformou, mesmo com as relações sendo sempre tão envoltas e permeadas de construções sociais.

Existe um ponto de luz. E ele brilha - às vezes brilha tanto que nos cega. Mas precisa ser adubado tal qual uma mudinha de planta. Linda e verde. 

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